Alpha - 6

Há muito que o império se apoderou deste quadrante.







O mundo visto do Espaço é pequeno. Este cosmonauta orbita em seu redor. My spaceship knows which way to go.

terça-feira, abril 26, 2005

 

Some Candy


Um dos filmes que mais me impressionou e maravilhou enquanto puto, foi Charlie and The Chocolate Factory (CATCF). Tinha a essência de Mary Poppins, era mágico e também era um musical.
Mas CATCF, tinha outros atractivos, daqueles que magnetizam as crianças, como os doces. A história de Charlie Bucket, um miúdo pobre que vive com a mãe e os seus 4 avós acamados numa cidade ensombrada por uma gigantesca fábrica de chocolates.
A misteriosa fábrica Wonka, propriedade do excêntrico e doido Willy Wonka, da qual nunca ninguém era visto entrar ou sair. Wonka abre um concurso, apenas 5 bilhetes dourados contidos aleatoriamente em tabletes de chocolate Wonka darão direito a uma visita à fábrica. Começa aqui a aventura...o filme tem personagens cativantes como os Oompa-Loompas ou irritantes como Veruca Salt(sim, foi daqui que a banda punk-pop de liderança feminina tirou o nome).
É com alguma expectativa que aguardo a estreia do seu remake este ano, lá para Junho.
Desta feita, protagonizado por Johnny Depp e realizado por Tim Burton.

|  

Teenage Riot


Sonic Youth - Videos

|

sábado, abril 23, 2005

 

Charlie II



Medo. Foi o que as pessoas que assistiram ao julgamento de Charles Manson sentiram, porque ele parecia encarnar o próprio diabo, tinha uma cruz suástica na testa e um olhar de um louco.Chegou mesmo a gritar ao juiz: "someone should cut your head off!".
O facto das Manson girls Susan "Sadie Mae" Atkins, Leslie van Houten e Patricia Krenwinkel aparecerem em tribunal com as cabeças rapadas e interromperem constantemente a sessão de trabalhos, com cantos em latim assustadores, tornaram a atmosfera infernal.
Sabe-se hoje que continuariam a consumir LSD após estarem detidas.
Estas mulheres chegaram mesmo a negar que Manson teria arquitectado os massacres. Afinal, ele era Jesus e o Diabo, elas adoravam-no a ponto de matar por ele. Antes dele, não eram ninguém, miúdas fugidas de casa para o Verão do Amor e foram encontrar um ombro amigo em que, à partida, podiam confiar cegamente.As temporadas no Spahn Ranch, foram de experiência de drogas psicadélicas, de evangelização Helter Skelter e de sexo em grupo, ao que parece Charlie não consumia drogas para ter maior influência sobre os seus "filhos". Afectadas pelo delírio(a lavagem cerebral de Manson foi admirável) só uma década depois começaram a culpá-lo pelos crimes.
Squeaky Fromme, porta-voz da Family durante a prisão de Manson, deprimida por não ter objectivo de vida, surpreende o Presidente americano Ford com um revólver, durante uma visita deste a Sacramento, CA.
A arma estava sem munição, mas Squeaky foi condenada a prisão perpétua.
Quem não esteve no banco dos réus foi Linda Kasabian, a runaway driver do massacre de Cielo Drive, a quem uma banda pediu emprestado o apelido para o nome.

|  

Charlie I



There's a time for living
Time keeps on flying
Think you're loving baby
But all your doing is crying

Can you feel?
Are those feelings real
Look at your game, girl


Look at your game girl - Charles Manson

|

quarta-feira, abril 20, 2005

 

Far out man!



You're the piece of gold, that flashes on my soul

|  

Hearts of Darkness


Finalmente vi um dos documentários sobre o qual teimava uma curiosidade doentia.
Hearts of Darkness, filme acerca das filmagens de Apocalypse Now de Copolla. Um extenso grupo de homens nas Filipinas, onde foi rodado o demorado épico sobre a guerra do Vietnam, debate-se com imprevistos próprios de levar o mais são à loucura. Contrariedades essas que são alterações climáticas (Tufões), infarte do miocárdio de Martin Sheen (na casa dos 30) e a previsível bancarrota da produção.
Sendo o tema acerca da "Rock n' roll war" nas palavras de Francis Ford Copolla (fracasso bem recente da América dos anos 70, procurado ser esquecido), abarca o clima insano de festa em tempo de guerra. Os actores revelam ter andado sob efeito de Álcool,Anfetaminas, Ácidos, Marijuana para esquecer o inferno do clima tropical assolado por mosquitos e humidade insuportável.Junta-se à curiosidade Sophia Copolla de 4 anos ao colo do pai nas pausas de rodagem, o filme é narrado através de um diário áudio de Eleanor(mulher de Copolla) que transportava consigo durante a interminável odisseia.
Bom, não revelo mais, o documentário está repleto de pontos de interesse.Depois de Apocalypse Now Redux é no seu todo mais perceptível, falo das cenas removidas da primeira montagem.
Ouvir:Cpt.Willard up the river

|

terça-feira, abril 19, 2005

 

Sonhos


Man Ray // hand on lips

Acento

Vem dos montes friíssimos da Noruega
onde te sonhei para beberes estrelas
e caminhar a custo entre as cascatas
onde a ternura é um escadote
e o ar um caracol de planetas nas órbitas.

António Maria Lisboa

|  

Lost


He had a stroke at the age of 24
It could have been a brilliant career

|

terça-feira, abril 12, 2005

 

Last Nite


«Não estejas envergonhado, diz lá como te chamas...»


|  

On the Radio-o-oh


The Stills

|

domingo, abril 10, 2005

 

CineAudio I


Hoje passei o dia a ouvir as bandas sonoras de dois filmes do Oriente que me impressionaram.
São eles, In the Mood for Love de Wong Kar-Wai (HongKong/França) e OldBoy de Chan-wook Park (Coreia).
Podemos ouvir o tema principal do primeiro, na publicidade da Volkswagen ao novo Passat.Yumeji's Theme é assinado por Umebayashi Shigeru.Esta banda sonora alterna com temas cantados em castelhano por Nat King Cole.
Quanto a OldBoy, temos música electrónica, temos Vivaldi, o 1º andamento do Inverno (Quatro-Estações) e Starsailor(?).A música original que por vezes chega a tocar o céu, com violinos magníficos é da autoria de Yeong-wook Jo.

Ouvir:Yumeji's theme
Windows Media Player

|  

Pão e Circo



Rita Lee, descendente de norte-americanos que vieram viver para o Brasil na cidade de São Paulo, foi uma adolescente rebelde. A adoração pelos Beatles e o facto de andar atenta ao movimento cultural que marcou a geração de 60 no mundo, fizeram com que quisesse fazer parte da banda dos irmãos Arnaldo e Sérgio Dias - Os Mutantes.
Apadrinhados pela nata da Tropicália, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, que lhes concederam músicas, lançam o 1º Álbum em 1968. Foram duramente criticados por preferirem o Rock, num Brasil de Samba e Bossa-nova. O seu estilo provocante e irreverente, não deixou ninguém indiferente, sendo alvo de atenção global. Marcados por sonoridades novas, com psicadelismo à mistura, deram novo fôlego a músicas de outros autores (A minha menina,Baby) e surgiram com músicas originais interessantes (O Relógio,Trem Fantasma).
Panis et Circences (Caetano/Gil), o tema que abre o Álbum, é surrealista, a letra oscila entre o fantástico e a celebração da Festa anti-tédio, os trompetes que lembram Penny Lane, as cordas frenéticas de Magical Mystery Tour, percussão quase tribal...
Este disco é uma preciosidade no seu todo. Um esforço bem conseguido.

Ouvir:Panis et Circences
Windows Media Player

|

quinta-feira, abril 07, 2005

 

Life on Mars



Então vem cá me dá a sua língua
Entao vem eu quero abraçar você
Seu poder vem do Sol





|  

Public Service


Para quem adora ler recomendações e críticas a álbuns, ouvir uns mp3...


The Listen


|

terça-feira, abril 05, 2005

 

Go ask Alice...



Hoje, estando num dos meus(ultimamente frequentes) recolhimentos psicadélicos, decidi abordar este tema.
Para mim, uma das músicas-chave deste movimento de descoberta interior, é White Rabbit pelo Jefferson Airplane.
Existirá maior viagem alucinante do que o livro Alice's Adventures in Wonderland de Lewis Caroll? É sobre isto e substâncias motivadoras que versa a letra da canção tornada gargalhada obscura do misticismo.
Isto em 1967, ano mágico, onde Magical Mystery Tour dos Beatles, também conheceu a luz do dia, coincidentemente I am the Walrus também evoca Caroll e Alice.
Os Doors, bebendo Huxley (o próprio nome da banda baseado em The Doors of Perception), seguiram o caminho do psicadelismo experimental, podemos escutá-lo por exemplo em Strange Days.
Até mesmo o Velvet Underground, apontados de forma incessante como contra-cultura, no álbum de estreia têm Venus in Furs e All Tomorrow's Parties.

Alice ingeria cogumelos que a faziam crescer ou diminuir de tamanho, falava com a célebre smoking caterpillar, uma lagartixa que dava sábios conselhos enquanto fumava, perseguia o coelho branco, atravessava espelhos. A par de outras, é a obra fundamental para o imaginário psicotrópico praticado nesse tempo.

|

sábado, abril 02, 2005

 

Oculto Funk


Tim Maia, convertido em 1975 à seita Universo em Desencanto, gravou nesse ano e no seguinte, discos considerados míticos. Face à atmosfera que rodeou essas gravações,somado às letras das músicas desse álbum (duplo ? apesar de dois volumes em anos separados) pura filosofia Racional.
Tim, o Godfather of Soul/Funk na Terra Brasilis, que podemos ouvir na banda sonora do filme Cidade de Deus, o tema No caminho do Bem.
Em 2000, esses discos, raridades graças à inexistente edição em CD, foram arrebatados em leilão a preços pouco convidativos às bolsas comuns. Paul Stewart, filho do piloto de F1 Jackie Stewart, foi um dos excêntricos, mas o rapper ex-Planet Hemp, Marcelo D2 foi o outro comprador de vários exemplares.
São perceptíveis samples de Racional Culture em O Império Contra-ataca do álbum Eu tiro é onda.

|