Alpha - 6

Há muito que o império se apoderou deste quadrante.







O mundo visto do Espaço é pequeno. Este cosmonauta orbita em seu redor. My spaceship knows which way to go.

quarta-feira, junho 29, 2005

 

Thy Scarlet Tape



Anuncio que nos próximos tempos me vou dedicar à gravação de algumas músicas antigas aqui do capitão. Depois, estarão disponíveis nesta galáxia.
O regresso nasce da necessidade de revisitar alguns temas e de lhes dar melhor qualidade de gravação. Estava cansado de vozes roufenhas.
Seguem-se mais novidades daqui por uns tempos. Right on!

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quinta-feira, junho 23, 2005

 

Barcelona



Encontrei-a na Plaza Real.
Pediu-me lume num ajuntamento.
Transacionavam-se objectos roubados.
Quando surgiu a rusga da guarda civil
Puxou-me; fugimos por uma ruela da arcada.
Puxou-me; fugimos por uma ruela da arcada.

Encontrei-a na Plaza Real.
Corremos as Ramblas entre copos e junkies.
Divertimo-nos que nem doidos pelo Barrió Chino.
O fim da noite foi na Gare Marítima
A ver o sol a nascer no Mediterrâneo
A ver o sol a nascer no Mediterrâneo.

A.Luxúria Canibal

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segunda-feira, junho 20, 2005

 

NeoGeo



Andei a investigar um microkosmos especial e que tem vindo a dar os seus frutos em termos de novas propostas sonoras.
Falo de Montreal, Quebec, Canada.
The Stills, Arcade Fire, Les Georges Leningrad, The Unicorns ou Wolf Parade, oriundos de uma cena que começa a dar que falar a sério. Isto para além de vultos da electrónica como Tiga ou Akufen.
Desmistificando, é bom quando é dada oportunidade a outras bandas, isto depois de uma ter colocado as restantes no mapa. Por cá acontece algo parecido e forçado, porque a crítica profissional resolve sempre fazer de conta que a história da pop se repete e ecoa criando tendência caseira. Foi o caso de parvoíces como MadBaça.
Se durante duas décadas, os projectos musicais mais relevantes saíam do Porto (investiguem) e ninguém lhes atribuiu demarcação, hoje ainda fará menos sentido porque Portugal está mais homogéneo, felizmente a nova geração tem acesso a tudo, onde estiver. Ninguém se espante com fenómenos localizados.
Paralelismos é que não. Basta calcorrear o país de busca-pólos na mão e saber as que dão contacto, não serão as elektrificadas de certeza.
Ah, quanto a lendas, surgem depois dos projectos aparecerem, não é em press releases bem estudados.

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sexta-feira, junho 17, 2005

 

Dias perfeitos



Parachutes, army boots,
Sleeping bags for two.
Sentimental jamboree.

Junk - Paul McCartney

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quinta-feira, junho 16, 2005

 

Sleeping Beauty



Um redemoinho de imagens dissolve-se enquanto repousas. Os olhos, fechados, reviram-se.
O resto do corpo está perfeitamente relaxado, os músculos rendem-se venha o que vier, mas a intranquilidade deixa-te o coração aos saltos. É produto do que sonhas.
Eu, estou na minha nuvem a ver o teu electroencefalograma (EEG), é bonito. Só é pena não o saber interpretar de forma a resolver o enigma do seu conteúdo, que imagens são essas? Quem te provoca o arrepio? Quem te ensinou o espreguiçar lânguido?
A tua boca, varia entre o nervoso morder dos lábios e o sorriso fugaz. Reparo nos suspiros, nos murmúrios amorosos, nos despertares em pânico. O teu sangue-frio de réptil reflecte-se na tua variação de temperatura e de temperamento, ora gelado ora escaldante. O teu suor tem o perfume de um mundo só para dois, vasto e inesgotável.
Observar-te a dormir é um deleite. Agora é a tua vez, estou com sono.

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terça-feira, junho 14, 2005

 

Face Off



O ano é 1972. Vésperas do início de um movimento que ficou conhecido por Glam
Rock
. Dois albums, dois músicos parecidos (na extravagância). Falo de Hunky Dory e de Honky Chateau, de David Bowie e Elton John respectivamente. Dois arautos de uma operada mudança sonora.
Se Bowie questiona a existência de vida em Marte, Life on Mars, Elton prepara-se para viajar para o espaço profundo em Rocket Man. Este tema já tinha sido desenvolvido por Bowie em Space Oddity.
Honky Chateau começa com Honky Cat, Hunky Dory com Oh You Pretty Things, o estilo vaudeville marcado pelos pianos.
Considero o vencedor absoluto, Bowie. É um álbum melodicamente mais interessante.
Quicksand é envolvente, Changes é um desafio.
À partida não tem preocupações com o Pop existente nas suas músicas.
Elton, pelo contrário, esforça-se por agradar ao grande público com baladas sem sal.
Isto é uma análise a uma coincidência, não pode existir comparação.

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segunda-feira, junho 13, 2005

 

Danger Mice



Ontem vi um documentário sobre o atentado de Oklahoma. Impressionam-me sempre as entrevistas ao irmão de Terry Nichols, James. Já o tinha visto em Bowling for Columbine de Michael Moore. O que temos à nossa frente é alguém com medo. Um homem paranóico com questões de sobrevivência, segurança, racismo que o levam a armar-se até aos dentes.
É visível o nervosismo doentio, a transpiração e a respiração descompassada. Ele está em liberdade.
Terry esteve envolvido no plano de Oklahoma, executado por Timothy McVeigh. O dia do atentado bombista, coincidia com o aniversário do massacre perpetrado 19 de Abril em Waco, Texas, apenas 2 anos depois.
Waco é visto como a vergonha americana. O FBI lançou um raid sobre a casa onde David Koresh exercia um culto religioso, por suspeitas de posse ilegal de armas e práticas de abuso de menores. O ataque saldou-se em 74 vítimas mortais entre elas 21 crianças.
A militância anti-autoridade de McVeigh concretizou-se numa carnificina para lembrar essa barbárie.
Leva-nos a questionar de onde pode surgir o perigo. Resposta: de toda a parte.
Mas também não é preciso sermos como James Nichols e dormir com um revólver debaixo da almofada.

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domingo, junho 12, 2005

 

Laser beams



É a primeira vez que vejo par a par Trekkies e fãs de StarWars juntos. Uma rivalidade ímpar entre as imensas séries e 9 filmes de Star Trek e os 6 filmes de George Lucas.
Ora o objectivo desta coligação é derrubar o regime de mulheres-polícia (meter maids sobretudo), para quiça implementar robocops?
Os Klingons lembram os povos da Mongólia. Detesto Star Trek, gosto da música.
E pronto é o meu desabafo.

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sábado, junho 11, 2005

 

Maintenant, vien



No meu canto. No meu lúgubre canto sou eu, sem artifício, sem o engasgo do engano.
Canto o meu pranto, por enquanto. À vista está a solução para um espírito demasiado moído. És quem eu quero, quem eu desejo com ardor e fome. Não te assustes, não sou um santo. Não no meu canto. Tenho direito ao desejo e a ele vou direito.
Sinto-me tão preso aqui, no meu canto. Terei motivo para tanto?
Os teus olhos são o que preciso para ver, os meus estão gastos. Os meus são brancos. Os meus viram o trágico, o cómico, contemplaram o sublime a correr. Quero mais, mais e sucumbir ao espanto. Desmaiar frente à maravilha, frente ao encanto. Dar-te prazer, rasgar-te o sorriso de canto a canto, beber-te de um trago um lago e descansar fingindo outro dia não haver.

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Se este mundo fosse feito para ser doce...



Foge comigo na ultima volta da maratona
Nada comigo num lago indeciso de metadona



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quarta-feira, junho 08, 2005

 

In the Heat of the Morning



The blazing sunset in your eyes will tantalize
Every man who looks your way
I watched them sink before your gaze
Señorita sway
Dance with me before their frozen eyes
I'm so much in love
Like a little soldier catching butterflies

I'll tie a knot in rainbow's end, organise the breeze
Light my candle from the sun
I'll give you daylight for a friend
I'll do all of these
I'll prove that it can be done, oh, I'm so much in love
Like the ragged boy who races with the wind

No man loved like I love you
Wouldn't you like to love me too
In the heat of the morning
In the shadow I'll clip your wings
And I'll tell you I love you
In the heat of the morning


David Bowie

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Gangsta Trippin'



Onda de calor. Quando acordo e não me incomoda absolutamente nada tomar um banho de água fria, algo transcende a normalidade. É bom para a circulação, ah ah, acredito.
Depois, a hipótese de me escapar para o bucólico inferno.
"Anda comigo até Évora..." yeah right! Por muito tentador que soe este assédio, a viagem é longa e debaixo de um sol mais tórrido que a própria paixão. Só me consigo lembrar dos Radar Kadafi, 40 graus à sombra, nas mesas de café.... Oh Eborae de Vergílio, de Diana, o teu encanto chama-me mas adivinha-se demasiado quente.
Eu gosto muito do calor, mas fornos e saunas (estufas também), fazem-me confusão.
Vou pensar no assunto. ;)

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terça-feira, junho 07, 2005

 

Blaxpoitation



Uma MGM à beira da falência, rende-se ao que veio a ser uma receita mágica.
Os afro-americanos que na sétima arte eram representados por um Sidney Poitier bastante branco, viram as suas preces reconhecidas. O país e algumas mentalidades estavam a mudar, movimentos como Black Panther, Black Muslims, a própria affirmative action levaram à chamada blaxpoitation, como o nome indica, exploração dos pretos, da sua imagem nos anos 70.
Surge Shaft, Foxy Brown com atitude agressiva e confiante, usando o calão de rua. A perspectiva sexual acentua-se de forma quase explícita, Dolemite maltratava as suas bitches. Outra das personagens marcantes da época Supafly era o pimp, proxeneta perfeito. A mistura entre Cleopatra Jones com Foxy Brown deu origem a Foxxy Cleopatra (Austin Powers - Goldmember(2002)) conhecida pelo seu grito de guerra : Shazaam !, Beyoncée Knowles. Aqui Black is Beautiful, a pinta cooler than cool são a essência.
Séries de TV como Charlie's Angels ou Starsky & Hutch também vão beber ao mesmo conceito, esbranquiçando-o um pouco.
Pam Grier, a conhecida Foxy Brown, foi recuperada por Quentin Tarantino em Jackie Brown (1997). Shaft também teve um recentemente um remake protagonizado por Sam Jackson. As minorias reviam-se num tipo de cinema sem artificialismos, cru.
A banda sonora das séries, dos filmes, veio a tornar conhecidos do grande público nomes como Isaac Hayes, Curtis Mayfield, Quincy Jones ou consagrados como James Brown e Marvin Gaye. O comportamento tornou-os heróis de culto, a música transformou-os em seres do outro mundo.

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sexta-feira, junho 03, 2005

 

Beauty is Evil



Sem saber como, dei por mim a ouvir Adam Green. Este folk songwriter, parece que ficou preso numa conjuntura harmoniosa, aconchegante, que soa mesmo a um tempo passado.
Tenho lentamente saboreado Friends of Mine(2003), Garfield(2002) e o mais recente Gemstones(2005) (não me sai do ouvido He's the Brat).
As letras abarcam quase tudo, a poética, o romance, a pornografia pura e dura (Carolina) ou o surrealismo. Músicas de estrutura simples mas eficaz, algumas até hilariantes como é o caso de Jessica, "Jessica Simpson where has your love gone, it's not in your music,no". Alguém escreveu sobre ele, que personifica Beck dos bons tempos, não sei. Pesa ainda uma parecença física e vocal com, imagine-se, Julian Casablancas?
Faz-nos ficar presos. Estranho!

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quinta-feira, junho 02, 2005

 

Film Music ?



It's not that I can't go on without you
Got a lot of things to do


Electrelane - Birds

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Projectos Projectéis


SURDO!


És surdo porque não queres ouvir os outros. Não os ouves.
Enveredas por aventuras psíquicas longe. Muito longe do chão que pisas nesse mesmo instante.
Ah, como desprezas o tempo presente e os corpos que te rodeiam. Não são eles indivíduos como TU, com as respectivas fugas imaginárias? Será que te ouvem a TI?
Não creio. Mas de qualquer modo, TU devias.
Que desinteresse generalizado é esse? Que ego será o TEU, autofágico decerto e se o alimento é o nada, há muito que morres à fome.
És oco. Inexpressivo. Bem sei que a tentação do fantástico é forte, mas a terra dos sonhos é um refúgio etéreo, infrutífero, atemporal,inexistente.
Que nirvana é esse? É aterradoramente vazio.
Que prazer é esse, insólito?
Que esgar pós-orgásmico tão disparatado.
O corpo expira deixando de forma, descontrolada, fugir tempo pelos poros. Sentes-te livre para sempre desorientado num mundo de sombras.

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quarta-feira, junho 01, 2005

 

Well Done Star Runner !



Trago-vos aqui uma curiosidade.Um dos meus numerosos heterónimos dá pelo nome de Star Runner. É um jogo para Macintosh que data de 1994. O herói deste jogo conduzia uma pequena cápsula no planeta Nemesis e salvava estranhos exploradores que se debatiam com a ameaça extraterrestre. É um clone do famoso Defender.
Pois é, a minha postura de cavaleiro andante começou a construir-se por aqui...

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Pathetic Earthlings



O filme Flash Gordon é uma tremenda desilusão para qualquer adulto que não o tenha revisto nos últimos 15 anos. Isto porque apesar de ter sido realizado em 1980, deixa muito a desejar em relação aos efeitos visuais utilizados.
Em comparação com Star Wars de 1977 é muito fraco e completamente datado.
Lembro que George Lucas tencionava produzir este remake, infelizmente Dino De Laurentiis já tinha garantido os direitos. É de qualquer modo, uma referência para os amantes da ficção científica já que contém os seus elementos de distracção característicos. São eles, naves espaciais, imperadores malévolos, personagens vindas do fantástico (pedidas emprestadas às mitologias clássicas) e romances insípidos.

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