Alpha - 6

Há muito que o império se apoderou deste quadrante.







O mundo visto do Espaço é pequeno. Este cosmonauta orbita em seu redor. My spaceship knows which way to go.

quarta-feira, maio 25, 2005

 

tell me that you can't afford me


Ainda Bull in the Heather para que entendam o que eu ando para aqui a dizer.
Deixo o video.
click here
format: real player

|

terça-feira, maio 24, 2005

 

Awesome


Andava eu no meu ócio constante, a rever um DVD que adquiri com os videos de Sonic Youth quando um clip me chama a atenção,até à altura dispersa em milhares de pensamentos.
Falo de Bull in the Heather(1994). Não me espanta a Kim Gordon sentada numa cama, quem me surpreende a sério é Kathleen Hanna de tranças, aos saltos, a dançar durante toda a música. Hell of a girl! Não fazia ideia que entrava no video.
Lembro-me dela enquanto front-lady de Bikini Kill (que fizeram 1ªs partes de Sonic Youth numa tournée), quando levou um murro de Courtney Love. Velhos tempos! Hoje, quem pensar que Kath murchou, engana-se. Ainda tem a vivacidade e frescura de outrora, desta feita nos Le Tigre, ou vê-la em participações com as Chicks on Speed.

|

domingo, maio 22, 2005

 

Voodoo Children I


Electric Ladyland.Último álbum de estúdio de Jimi Hendrix.1968.
O disco começa com And the Gods Made Love, em termos poéticos não imagino melhor introdução para o advir criativo, tudo é produto do que Eles fazem lá em cima.
Depois segue-se Have you ever been (to Electric Ladyland), a terra dos sonhos onde todos os conflitos são esquecidos, as preocupações deixadas à entrada, porque é tempo de entrega e amor( o eco propagado no subconsciente «make love, make love , make love» resulta).
Regressamos à dura realidade com Crosstown Traffic, frenética e um verdadeiro murro no estômago.Passamos pela bluesy Voodoo Chile, mas o psicadelismo volta com Long Hot Summer Night, densa, profunda, preguiçosa, com coros capazes de provocar richochetes cerebrais.
Deixamo-nos ir devagarinho, com os olhos semicerrados e vamos seguindo linguagem corporal, acertando consoante nos são dadas pistas...

|

sábado, maio 21, 2005

 

Eremita (ou a saudade infinita)


Sinto pouca força. Sinto pouco a Força. Força aérea que me estende no chão como um tapete voador, moribundo.
- "És só olhos!"
E sou. Quebradiço e silencioso, não escondo a fragilidade num refúgio escuro.
Eu sou o sono. O lento espreguiçar do não querer fazer nada.
-"Ao menos tenho muitas ideias! E um dia escrevo-as e deixo-as a quem as realize."
Já sei que não escrevo. Os dias seguem-se e vou desaparecendo.
Imagina um corpo hirto a dissolver-se no tédio. O meu pó a ser engolido por uma terra esfomeada e desejosa de explodir vida.
-"Que história é essa do fim? Nem te despedes? Não lutas, entregas-te assim?"
É dificil explicar. Não oiço vozes, não vejo espectros, mas tenho uma intuição que me impele a saborear o desconhecido. Aqui não construí nada. Entreguei o meu conhecimento a quem não o merecia. Amei e fui amado para acabar o que nunca tinha começado.
-"Oh, lê-me um poema. Abraça-me, conforta-me os sentidos."
-"É isto? É suficiente? Para onde vamos os dois?"
O que é a Verdade? Sou egoísta. Tenho medo de mim.
Os mesmos olhos que te pediam afeição, são os mesmos, cruéis que te ferem de morte no Adeus.

|  

BattleStars



Soon, we will mark the day of the final eradication of the life form known
as Man ... Let the attack begin

|

segunda-feira, maio 16, 2005

 

Fight the Power



Na década de 60, dois grupos completamente distintos atingiram o pico da sua importância. Estou a falar dos Hell's Angels e dos Black Panthers que demasiadas vezes entraram em confronto em todos os eventos que moviam e juntavam multidões.
Os Angels são uma irmandade motard, com códigos de honra próprios, algo medievais( «morro pelo meu irmão, a minha harley é a minha vida»), de comportamento violento e criminoso demasiadas vezes.
O partido Black Panther, igualmente radical, activismo que visava outro aspecto, o da libertação dos afro-americanos. Este movimento alastrou rapidamente a todo o país devido à protecção anti-brutalidade policial que dizia poder oferecer. Constituiram milícias armadas que foram implicadas em desacatos. Era na prática fortemente racista, referiam-se muitas vezes aos brancos como "white devils".Tinham uma máquina de propaganda eficiente.

|  

Slip Away



Oogie knew there's never ever time
Some of us will always stay behind
Down in space it's always 1982
The joke we always knew

|

domingo, maio 15, 2005

 

See Emily Play


Um dos primeiros singles dos Pink Floyd/Era Barrett.
A princípio chamava-se Games of May. Chegou à 6ª posição do Top Britânico.
Uma batida marcada, seguida de coros e um orgão ácido criam uma atmosfera única.
O vídeo em P&B realizado para este tema foi filmado num parque fora de Londres, vemos Syd a apresentar cada um dos membros da banda, ora em rodopio constante, ora em «reverse mode».
Todos a tocar instrumentos imaginários ou a jogar cricket com guitarras. Estranhíssimo.

|  

Wave bub-bub-bub-bye



Now he's gone, I don't know why
And till this day, sometimes I cry
He didn't even say goodbye
He didn't take the time to lie.

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down...

|

sábado, maio 14, 2005

 

Interstellar Overdrive



Piper at the Gates of Dawn
O nome do álbum é tirado de um capítulo do romance de Kenneth Grahame, The Wind in the Willows (conhecido por cá como Vento nos Salgueiros), uma fábula encantadora que fez e faz sonhar milhares de crianças(a série era top!).
É o disco de estreia dos Pink Floyd, gravado em Abbey Road. Uma formação em que Syd Barret era o compositor e letrista de maior parte do material, Roger Waters tinha um papel menor. No Estúdio-A estavam os Beatles a produzir Sgt.Pepper's.
Temas como Astronomy Domine, Interstellar Overdrive (grandioso) ou mesmo o louco Bike que soa a sirene de ambulância, com uma letra nonsense:

I've got a bike, you can ride it if you like.
It's got a basket, a bell that rings
And things to make it look good.
I'd give it to you if I could, but I borrowed it.


É a fase psicadélica dos Floyd, Barrett levou o experimentalismo ao limite, a sua criatividade atribuída à quantidade de LSD que ingeria, conheceu o auge. Piper traz algo completamente novo, é no seu todo uma viagem ao universo manta-de-retalhos/esquizofrénico de Syd.

|  

Eu quero uma casa no campo...


Elis
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais

|

sexta-feira, maio 13, 2005

 

Ch-ch-ch-ch-Changes



I’m on the outside looking inside
What do I see
Much confusion, disillusion
All around me.

I talk to the wind - King Crimson

|  

If I was in LA


Michelle, ma belle...

Casou em 1970 com o Dennis Hopper. Durou 8 dias.

|

quinta-feira, maio 12, 2005

 

Monterey Pop Festival


Ano de 1967, um festival de música junta nomes como Mammas&Pappas, The Who, Otis Redding, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Simon&Garfunkel, Jefferson Airplane, Ravi Shankar entre outros.
O documentário da autoria de DA Pennebaker, senhor que mais tarde seria responsável pelo filme do concerto de despedida de Ziggy Stardust(1973), ou pelo filme que retrata a tournée dos Depeche Mode(101) pelos EUA. Que dizer, um especialista em documentar a história da música Pop, esteve presente nos seus momentos-chave.
Devo confessar que fiquei desiludido com os Mammas&Pappas ao vivo, não vi a doce Michelle a esforçar-se. São banda-sonora inevitável daquele tempo pelas suas gravações, mas deram-me a entender que seriam demasiado fabricados(já na época).
No filme está também a actuação de Janis Joplin interpretando Balls and Chains(e uma Mamma Cass estupefacta com o animal de palco Janis)acompanhada pela Big Brother(virtuosos, química perfeita), Otis Redding com I've been loving you (too long), este igualmente notável (em Altamont, Tina Turner canta a mesma música como se de um orgasmo crescente se tratasse, muito suor à mistura) com uma alma autêntica.
Ravi Shankar contagia o público com música da Índia, a referência Oriental da legião hippie.
Os Animals de Eric Burdon, interpretam uma versão de Paint it Black com violino, simplesmente genial, sob o olhar atento de um Brian Jones.
Já tinha falado sobre Jimi, as projecções durante os concertos são um deleite para os olhos,lava lamps, distorções, psicadelia. É interessante o olhar sobre o vestuário feminino daquele tempo, que conhecia inovações, adaptações e modificações de dia para dia.
A palavra mais ouvida durante o filme? Groovy, pois claro.

|

terça-feira, maio 10, 2005

 

Mallory is coming home



Pois é, está confirmada para Paredes de Coura, Juliette and the Licks.


|  

É mas foi-se...



Vejam o Blitz de hoje, traz uma relíquia...

"...lava os dentes todos os dias, e não te andes a drogar,
nunca faças avarias, é muito feio roubar!"

É de mim ou isto lembra qualquer coisita de Pere Ubu? Tem a esquizofrenia, o toque frenético...deixo para os verdadeiros críticos.

|  

reichstag



Unless, unless
I know, I feel it in my bones
I'm sick, I'm tired of staying in control
Oh yes, I feel a rat upon a wheel
i've got to know what's not and what's real
Oh yes I'm stressed, I'm sorry I digressed
Impressed you're dressed to
SOS


|

sexta-feira, maio 06, 2005

 

Trains&Boats&Planes



Continua a minha saga por documentários musicais, enfim, por documentários da chamada pop cultura. Este que passo a relatar é sui generis, porque se passa num comboio.
O Festival Express de 1970, é uma viagem pelo Canadá a bordo de várias carruagens, com concertos por algumas estações e apeadeiros. Os tripulantes são nomes como Grateful Dead, The Band, Janis Joplin, Flying Burrito Brothers entre outros.
A viagem é toda ela excitante e imprópria para cardíacos, Jam Sessions contínuas, muito álcool, muita droga. Podemos assistir aos momentos de intimidade das bandas, a motins nas povoações pelo facto dos promotores do eventos se terem decidido pelas entradas pagas.
O documentário tem excertos dos concertos. É sempre bom ter acesso a imagens de Janis Joplin ao vivo. Alguns dos tripulantes viriam a morrer pouco tempo depois, fica este testemunho de verdadeiras lendas.
Na minha opinião, Altamont terá tirado o pé ao acelerador dos festivais de música, o Festival Express não pretende ser um Monterey Pop ou um Woodstock, mas é notório que a hippie life já se encontra no caminho de descida.


|  

Mini Ápolis



With an intellect and a savoir-faire
No one in the whole universe
Will ever compare



|

quarta-feira, maio 04, 2005

 

Squeaky



she said: hey paul, hey paul, hey paul, let's have a ball

|

terça-feira, maio 03, 2005

 

hobnail boots wrapped 'round her toes



Alguma videografia dos Velvet Underground aqui

|  

I wanna show you...



Tive ocasião para rever ontem, o documentário sobre Jimi Hendrix de Joe Boyd (1973). Um conjunto de entrevistas que gira em torno do concerto no festival Monterey Pop. São ilustres os entrevistados deste filme, Pete Townshend (The Who), Mick Jagger, Eric Clapton, Lou Reed(?), o frenético Little Richard que durante o seu teatro para as cameras fazia questão de assinalar que antes de Jimi, já cá estava. Richard cita ainda Sly Stone acerca da emergência da música negra,com os olhos esbugalhados dignos de um reverendo.
Ainda a vénia constante de Jimi a Bob Dylan que culminou com a versão de All Along the Watchtower, revista por uma antiga namorada que teria de esperar pelos segundos finais das músicas de Zimmerman (schooo, wait one more sec.), antes de se perder nos seus braços.
A antítese Jimi early-60's (de fato e penteado com Billy Cox) e esplendoroso, colorido, descontraído poucos anos volvidos, a velocidade como o Pop/Rock ganhou novas linguagens em tão pouco tempo, verdadeira explosão.

|

segunda-feira, maio 02, 2005

 

las tres pistas


JAMC

Mesa - Luz Vaga e No One Knows (Queens of the Stone Age)
Blind Zero - April Skies (Jesus and Mary Chain) e About Now
Quinteto Tati - Uma Para o Caminho e Gota d'Água (Chico Buarque)
Toranja - Carta e Chaga (Ornatos Violeta)
The Legendary Tiger Man - Route 66 (Bobby Troup) e Crawdad Hole
Mão Morta - Fado Canibal e Kayatronic (Corpo Diplomático)
1 Uik Project - Sal e Cinzas e Dá-me Lume (Jorge Palma)
Melo D e Good Vibe - Humbi Humbi (tradicional africano) e Boas Vibrações
Repórter Estrábico - Charlie Don't Surf (The Clash) e Segunda Pele
Jorge Cruz - O Calor (Sloppy Joe) e Adriana
Dead Combo - Ribot e Temptation (Tom Waits).

|  

Fly, go on !


Passou recentemente na televisão portuguesa, The Invisible Circus. Trata-se de um filme de Adam Brooks, protagonizado por Cameron Diaz e Jordana Brewster.
A história de duas irmãs oriundas de uma família demasiado presa às obrigações sociais em detrimento de um caminho criativo e festivo (a verdadeira vocação do pai era a de artista). A irmã mais velha,Faith, após a morte do pai, inspirada pelo movimento hippie nómada, assim como pelos estudantes do Maio de 68, decide ir conhecer a Europa com o namorado Wolf. Após algumas experiências e acontecimentos (revoluções e terrorismos), suicida-se.
A irmã mais nova,Phoebe, nos EUA sozinha com a mãe, após ter recebido a notícia-choque do falecimento de Faith, resolve partir, a fim de investigar a sua estranha morte.Acaba lentamente por perder-se de amores por Wolf.
A parte do filme em que a harmonia e felicidade das duas irmãs transparece, é um regalo audiovisual e sensorial, as cores, a música, os afectos que nos transmitem estão bem conjugados. É algo bastante autêntico. A festa hippie, em casa, tem direito a tripe de ácido e alucinações. Podemos ao longo do filme ouvir os Yo La Tengo. Parte do filme passa-se em Portugal.

|